“Desconhecida”, diz atestado de óbito sobre causa da morte de criança ocorrida em UPA

Os médicos da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do 2º Distrito, que fica em Rio Branco (AC), não souberam justificar com precisão a morte de uma criança de apenas quatro meses, ocorrida na manhã desta segunda-feira, 15., durante um processo de nebulização. A criança, que estava sob observação, ficou com a pele bastante empolada, teve uma parada cardíaca, e não resistiu.

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A família, que acredita ter havido erro médico no atendimento, expôs o atestado de óbito emitido pelo hospital público. Como causa da morte, os médicos declaram que o bebê sofreu uma parada cardiorrespiratória por causa “desconhecida”. A postura da equipe médica deixou os familiares da criança extremamente revoltados.

A mãe da criança, Meury Marinho, ainda bastante abalada pelo episódio, conversou com o ac24horas e relatou que a criança havia “chegado a UPA na noite de domingo, e que os médicos o deixaram em observação, internado, para que os exames fossem analisados assim que saíssem (…) o médico disse que era uma ‘virose’. Eu, sinceramente, estou sem chão. Na verdade, o que fizeram foi matar o meu filho”, diz a mulher.

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O que chamou atenção dos pais da criança é que, segundo contam, a administração do hospital negou-se a repassar maiores informações sobre o quadro clínico do bebe e que, questionados sobre os reais motivos da morte, a Administração reservou-se a dizer apenas que a criança havia sofrido paradas cardiorrespiratórias, o que causou a morte prematura.

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Procurada, a Secretaria de Estado de Saúde (Sesacre), afirmou que vai apurar a situação e caso seja percebida qualquer negligencia médica durante o atendimento, os procedimentos cabíveis serão adotados. As equipes Médica e de Enfermagem vão providenciar um relatório sobre o estado clínico da criança.

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