Dizem que vence o melhor, que vence o que tem melhores projetos. Até poderia ser se a luta fosse em condições de igualdade. Mas elas, no Acre, não são.
Por outro lado, ante uma população pobre e aterrorizada pelo governo, como ela pode decidir efetivamente alguma coisa?
Ela acaba cumprindo orientações, que no fundo são ordens. Aliado a isso está a prática da derrama.
Com a devida licença poética, diria que a derrama praticada no Acre imperial, é o expediente eleitoral que paga pelo voto.
Por meio da derrama, o partido que controla os cofres públicos faz retornar ao cidadão o dinheiro público que não emprega em investimentos para o bem da vida dele.
Essa derrama garante que o candidato do partido ganhe a eleição e que o povo mantenha-se súdito, desprovido de tudo, especialmente de saúde e educação, e justamente por isso, amplamente dependente de seus imperadores.
É um alucinante ciclo vicioso de perpetuação do império.
A história do Brasil explica que a derrama era um expediente fiscal, cobrado dos mineradores e colonos em Minas Gerais, no tempo em que o país era colônia da Coroa Portuguesa. Com a derrama cobrava-se, de uma só vez, os quintos da produção mineral em atraso. Continue lendo AQUI