Associações de Resex afirmam que são indiferentes a quem administra o ICMBio

Informações que têm circulado por canais não oficiais sugerem estar havendo uma preocupação de parte dos servidores do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) no Acre com o possível retorno do analista ambiental Flúvio Mascarenhas à chefia da Reserva Extrativista Chico Mendes.

De acordo com o que se tem comentado, a ainda não confirmada volta de Mascarenhas à direção da Unidade de Conservação não estaria agradando a um segmento de servidores dentro do Instituto no estado, assim como aos dirigentes das associações de moradores e produtores da UC.

No caso dos servidores, não há nenhuma manifestação que não seja anônima a respeito do assunto. Uma fonte ouvida pela reportagem nesta condição afirma haver discordâncias entre grupos formados por servidores efetivos e comissionados do órgão, mas disse desconhecer que exista qualquer rejeição declarada ao nome de Flúvio dentro do ICMBio.

Dirigentes de duas associações de moradores da Reserva Extrativista Chico Mendes, a Amoprex, de Xapuri, e a Amopreb, de Brasiléia, também negam haver algum tipo de indisposição com o servidor, além do que deixaram claro que não cabe à representação das comunidades emitir juízo a respeito de quem deve ou não chefiar a Resex.

Júlio Barbosa de Aquino, que é presidente do Conselho Nacional das Populações das Populações Extrativista e diretor executivo da Amoprex, afirmou que não existe nada que diga respeito à associação de moradores ser contra ou a favor do nome de Flúvio Mascarenhas.

“A nossa posição é na linha de que a gente não pode interferir na decisão sobre quem vai administrar a Resex Chico Mendes. O que a gente defende é que qualquer um que for designado para coordenar os trabalhos da Unidade de Conservação, ele possa estar integrado às pautas do movimento social”, disse.

A vice-presidente da Amopreb (Brasiléia), Luíza Carlota, disse que não há nenhuma preocupação quanto ao nome de Flúvio Mascarenhas, assim como o de Aécio Santos, o atual chefe da Resex. Segundo ela, a única preocupação é o do bom atendimento ao morador legal da Unidade de Conservação.

“Quanto à questão de o Flúvio ser o chefe da Resex eu não tenho a menor preocupação. Gosto muito do Aécio e não tenho nada a questionar nem de um nem de outro. A minha preocupação é atender bem o morador da reserva que está legal. Se tiver o atendimento correto com eles está tudo bem e temos que trabalhar em parceria”, afirmou.

Pelo que a reportagem apurou, Flúvio Mascarenhas recebeu convite da direção do ICMBio para voltar a assumir a chefia da Resex, mas não ainda não há qualquer informação além dessa. O analista ambiental, que é servidor efetivo do órgão, já esteve à frente do cargo, tendo saído em 2018.

Compartilhar