Máfia dos Consignados do Acre cobraria 35% dos empréstimos efetuados em plataforma

O deputado Edvaldo Magalhães (PCdoB) voltou a abordar durante a sessão deliberativa desta quarta-feira, 18, na tribuna da Assembleia Legislativa, o grave problema relacionado a plataforma de consignados, que possui cadastro de todos os servidores efetivos e temporários do Estado do Acre.

Segundo Magalhães, após a exposição do caso, um cargo de confiança do governo lhe procurou para dar detalhes do que ele chamou de uma “quadrilha”. O figurão da gestão revelou, por meio de mensagem, que lhe ofereceram o empréstimo, porém, o grupo cobra 35% do valor adquirido. “É uma quadrilha com gente, inclusive, de dentro dos bancos também. Olha aí a máfia, eu pegaria R$ 170 mil e teria que passar R$ 59 mil para ele”, disse o parlamentar durante a leitura da mensagem anônima.

Magalhães relembrou ainda as fraudes executadas e contou que há servidores que alteraram a matrícula várias vezes para efetuar os empréstimos que já ultrapassa os R$ 2 milhões. “Ontem nós tratamos de duas fraudes, uma operada dentro da plataforma Fênix Soft e outra na operação de matrícula de servidores que só é possível dentro da secretaria de administração. A Fênix recebe os dados dos servidores, tenho prova de servidores que alteraram três vezes as matrículas”, declarou.

O oposicionista garantiu que apresentou dois requerimentos na Casa do Povo para que haja uma discussão com a empresa e órgãos do governo. *Apresentei um requerimento para discussão, uma com a Fênix e outra com as secretarias de planejamento e administração para fazer a discussão do problema, com os operadores cadastrados. A partir dessa discussão teremos a oportunidade de dar os próximos passos. Existe uma máfia, um grupo praticando o crime, os desdobramentos da prática desses crimes teremos nos próximos dias e por isso a Assembleia não pode se calar”, concluiu.

Nenhum deputado da base do governo se manifestou a respeito a grave denúncia de Magalhães.

Compartilhar
Sair da versão mobile