Cerca de 1,2 milhão de árvores foram derrubadas no Acre só no 1º semestre de 2023

Mais de 125 milhões de árvores foram derrubadas na Amazônia brasileira entre 1º janeiro e 28 de junho de 2023, de acordo com dados inéditos do Monitor da Floresta do PlenaMata, uma iniciativa do MapBiomas, InfoAmazonia, Natura e Hacklab pelo fim do desmatamento.
Nesse contexto, segundo o Monitor, o Acre perdeu 1,2 milhão de árvores no 1.º semestre deste ano, volume superior ao do Maranhão (1 milhão), Amapá (279  mil) e Tocantins (104,6 mil).

O Mato Grosso, estado mais desmatado no primeiro semestre de 2023, lidera o ranking de árvores tombadas entre janeiro e junho, seguido pelo Pará e pelo Amazonas. No  período, em toda a Amazônia,  foram perdidas mais de 759 mil de árvores por dia, uma média de 530 a cada minuto e, a cada segundo, de 8.

O desmatamento na Amazônia brasileira desacelerou em 2023, com 2.244 km² de florestas perdidas entre 1º de janeiro e 28 de junho, segundo o monitor. A área desflorestada representa uma redução de 30% em relação aos primeiros seis meses de 2022.

O contador utiliza como base os alertas diários de áreas desmatadas do Deter, a ferramenta do governo federal que gera alertas rápidos para evidências de alteração da cobertura florestal na Amazônia e no Cerrado, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), e multiplica pela quantidade média de árvores estimada pela ciência para cada hectare de floresta na Bacia Amazônica, que é de 565 árvores por hectare — número obtido de um amplo estudo realizado por mais de uma centena de cientistas brasileiros e estrangeiros e publicado na revista Science, em 2013.

Como os alertas do Deter são divulgados semana a semana, o contador inclui uma estimativa em tempo real de quantas árvores estão caindo até o presente momento.

Segundo o coordenador-geral do MapBiomas, Tasso Azevedo, o que o contador faz é transformar os dados de desmatamento do Inpe em números de árvores tombadas.

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