Editorial – emergência social no centro de Rio Branco já!

Foto: Whidy Melo/ac24horas

Este ac24horas trouxe à luz no último domingo (30/4) a dramática situação do Centro de Rio Branco, retrato em preto e branco de tristeza e decadência após décadas de intensa valorização e crescimento.

O mesmo Centro pelo qual passearam grandes figuras da história do Acre, como Hugo Carneiro, Laélia Alcântara, Guiomard Santos ou Fontenele hoje fede à descaso. O mesmo Centro pujante, inovador, tomado por obras então não vistas ao longo do século 20, virou uma versão mambembe do que tem de pior as grandes cidades.

Enquanto governantes dançam, se divertem e são divertidos a pão e circo, o Centro agoniza com prédios esquálidos que a nada servem a não ser abrigo de drogaditados e desamparados.

Não é mais possível conviver com tamanha decadência a não ser no mundo de Poliana no qual parecem viver os governantes e seus releases nos quais tudo é possível e mágico como um capítulo de Alice no País das Maravilhas. Já chega!

O governador Gladson Cameli e o prefeito Tião Bocalom são responsáveis diretos pela situação e são sim obrigados a uma solução -não como querem seus técnicos “um plano de dez anos”,  mas uma ação rápida, emergencial e eficaz que traga alívio duradouro às famílias e aos negócios.

Essa não é a hora dos filósofos gerenciais e barnabés otimistas, os que só dão notícia boa, mas de um decreto de emergência social que seja o mais abrangente no Centro de Rio Branco: para além da segurança, da questão social dos moradores de rua, o Centro derrete com o Calçadão da Gameleira ruindo, pontes abaladas e os desbarrancamentos pós-enchente.

Este ac24horas registra a decadência atual mas se recusa a ficar olhando o passado por cima do muro. Cobrar é o dever da sociedade – que está cobrando, clamando por ações efetivas -e dar a devida voz a esse grito é o papel da imprensa.

Decretar emergência social é o caminho neste momento tão difícil do (ex-belo?) Centro Histórico de Rio Branco.

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