Prêmio Bacurau homenageia pessoas e instituições que promovem os direitos humanos

A Prefeitura de Rio Branco, por meio da Secretaria Municipal de Assistência Social e Direitos Humanos (SASDH), realizou na manhã desta terça-feira (20), Dia Mundial da Solidariedade Humana, no auditório da Biblioteca Pública, o 3º Prêmio Bacurau de Direitos Humanos.

Muito prestigiado, o prêmio foi inspirado nos 80 anos de nascimento de Francisco Augusto Vieira Nunes, o Bacurau, ativista na área de direitos humanos que, com sua brilhante inteligência, foi capaz de transformar em poesia e música, as dores e dificuldades que enfrentava.

O prêmio foi instituído por meio do decreto 1.780 de dezembro de 2019. O objetivo é reconhecer e homenagear pessoas e instituições que defendam ou promovam causas e ações que enaltecem a cultura de paz e respeito no município, estado ou federação.

O prêmio é anual e homenageia 3 pessoas, mas devido não ter ocorrido a edição 2021 por conta da pandemia, foram homenageados 6 pessoas nesta edição. Foram homenageados Edivaldo Paz, que apoia pessoas de seringais que vêm para Rio Branco em busca de tratamento de saúde, a entidade Jovens Com Uma Missão (JOCUM), Casa de Acolhida Souza Araújo, o médico Paulo Jesus César, que atende pessoas atingidas pela hanseníase de forma gratuita, Movimento de Reintegração das Pessoas Atingidas pela Hanseníase (Morhan) e Roberto Santi, um dos fundadores do Morhan.

Edivaldo de Freitas Paz, que há 30 anos apoia pessoas que vêm doentes dos seringais, se emocionou ao receber o prêmio.

“É muito forte saber que você tem um trabalho de trinta anos reconhecido. Hoje era pra eu ser tenente coronel ou major da polícia militar na reserva. Abandonei a farda para acolher pessoas que eu nunca vi na vida.”

“Jovens Com Uma Missão significa que estão indo fazer algum trabalho, principalmente na defesa e na promoção dos direitos humanos”, disse Rebeca Belon, presidente da Jocum.

O prefeito Tião Bocalom disse que esse prêmio é uma forma de estimular as pessoas a cuidarem mais daqueles que mais necessitam de cuidados.

“Acho que é importantíssimo o Prêmio Bacurau. Os direitos humanos precisam sair do discurso e ir para a prática. É o que nós da prefeitura estamos fazendo.”

A diretora de Direitos Humanos da SASDH, Rila Freze, falou sobre a realização do prêmio.

“Essa premiação fecha um ciclo de muito trabalho, onde fica comprovado que a nossa gestão reconhece as pessoas e instituições que defendem e promovem os direitos humanos em nossa capital”.

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