A principal dúvida entre os secretários do governo Gladson Cameli é quem fica para o ano que vem. O governador reeleito Gladson Cameli já definiu que deve fazer uma reforma política, com a criação de novas secretarias como a da Mulher e do Emprego, mas ainda não anunciou quem permanecerá nos cargos.
A indefinição começa a produzir a movimentação nos bastidores de quem pretende ficar ou de quem está de olho em uma vaga de secretário. Uma das mais concorridas é a Secretaria de Saúde (Sesacre). Apesar de ser uma das que mais provoca dor de cabeça no gestor, a pasta possui um orçamento bilionário lionário e representa força política pela sua representatividade.
O ac24horas teve acesso aos bastidores da corrida pela vaga de chefe nos altos do antigo prédio do Banacre. Começando pela atual gestora, Paula Mariano, a médica que teve sua troca cogitada durante a morte dos bebês no Pronto-Socorro de Rio Branco resistiu à turbulência e se manteve no cargo. Passado o desgaste, Mariano, que ainda não fez nenhuma declaração pública sobre o assunto, tem demonstrado pretensões de permanecer no cargo. A reportagem apurou que elajá fez essa declaração para interlocutores mais próximos e tem cumprido agendas e visitas que fortalecem uma futura permanência no cargo.
Quem também tem lançado um olho “pidão” para o cargo de secretário é o deputado estadual José Bestene (Progressistas). Derrotado nas urnas e não tendo conseguido a reeleição, o cargo seria um ótimo prêmio de consolo à Bestene, que não ficaria fora dos “holofotes” da política. Bestene aposta em sua experiência, já que foi secretário de saúde durante a gestão de Orleir Cameli, tio do atual governador, e em seu poder de articulação junto ao governo.
Um outro nome que sempre é ventilado para assumir a Sesacre é do psicólogo João Paulo Silva, atual presidente da Fundação Hospital do Acre (Fundhacre). O gestor teve seu nome especulado durante a crise vivida por Paula Mariano. Pesa contra sua indicação, a própria vontade de permanecer na Fundhacre, onde realiza um trabalho considerado positivo pelo governo e servidores Fundação.
A reportagem apurou ainda que há uma outra informação nos bastidores que estaria sendo construída em Brasília. O deputado federal eleito, Eduardo Velloso (União) poderia assumir a Sesacre. A possível construção desse acordo beneficiaria o médico Fábio Rueda, primeiro suplente do União Brasil e irmão de Antonio Rueda, vice-presidente nacional do partido. Ainda não se sabe se Velloso estaria disposto a trocar a calmaria de um mandato no Congresso Nacional pela tempestade do cargo de secretário de saúde. O parlamentar eleito foi procurado, mas não retornou às ligações e mensagens da reportagem.