“Mais uma notícia triste”, declara médica após suspensão de lei que criou piso salarial da enfermagem

“Mais uma notícia triste, causa indignação e revolta”. Essas foram as palavras da médica e candidata a vice-governadora pelo União Brasil, Geórgia Micheletti, após o ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal (STF), suspender a lei aprovada que criou o piso salarial da enfermagem. Aprovado pelo Congresso e sancionado pelo presidente Jair Bolsonaro, o dispositivo entraria em vigor na segunda, 5, e beneficiaria os profissionais que atuam nas redes Pública e Privada de Saúde.

O piso dos enfermeiros também faz referência do cálculo feito para que seja pago o mínimo salarial para técnicos (70%), auxiliares de enfermagem (50%) e parteiras (50%) a partir do valor fixado: R$ 4.750. “Existe alguma médica, ou médico, principalmente em início de carreira, que nunca recebeu ajuda de um enfermeiro ou técnico? Não. Eles são extremamente essenciais para que o sistema funcione, seja ele particular ou público”, declarou a vice de Márcio Bittar, candidato a governador.

Geórgia lembrou que as três categorias – enfermeiros, técnicos e auxiliares – foram essenciais durante os dois anos de pandemia para salvar vidas. Além disso, a médica ressaltou que a maioria deles deram o melhor de si para bem atender a população durante o pico da Covid-19 e relembrou que milhares de trabalhadores da Saúde perderam a vida para a doença com o propósito de salvar as pessoas acometidas pelo vírus. De acordo com ela, suspender a lei do piso reflete o descaso com os profissionais.

“Tenho 20 anos de profissão como médica e tenho propriedade para afirmar que quase todo o funcionamento do sistema de Saúde se deve aos enfermeiros, técnicos e auxiliares. São profissionais dedicados, sérios, que mesmo sem as condições necessárias para trabalhar fazem de tudo para ajudar a população, cuidar dela. Os médicos não atuam sozinhos nos hospitais, eles precisam de equipes compostas por essas três categorias. Temos que lutar pelo bem das nossas equipes”, encerrou Geórgia.

Compartilhar
Sair da versão mobile