Os sindicatos da Saúde do Acre se reuniram em vigília em frente ao Palácio Rio Branco na noite desta segunda-feira (14) em continuidade ao movimento de greve geral deflagrado na última terça-feira (8) em todo o estado.
Com um caixão simbolizando as negociações em andamento, além de cruzes e velas em homenagem aos profissionais vitimados pela Covid-19, as categorias cobram o cumprimento de acordos que foram firmados para o fim da última paralisação, ocorrida no ano passado.
“Hoje, tivemos um movimento muito bonito, organizado pelos sindicatos da saúde. A greve continua e manteremos apenas os serviços essenciais inadiáveis, como urgências, emergências, UTIs e Covid-19”, disse o presidente do Sindicato dos Médicos (Sindmed), Guilherme Pulici.
Nesta terça-feira (15), os grevistas se reunirão, segundo o presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Saúde do Acre (Sintesac), Adailton Cruz, com servidores da Educação e da Segurança em ato que será realizado na Assembleia Legislativa do Estado (Aleac).
“Hoje nós seguimos o movimento grevista com movimento uniforme em todo o estado. Estamos recebendo muita adesão do interior, atendendo só os casos de urgência e emergência. Será um dia muito importante porque estaremos juntos com a Educação e a Segurança e vamos exigir a reavaliação desse percentual de 5,42%, que para nós é uma esmola”, disse.
O sindicalista reconhece que houve pequenos avanços nos últimos anos, como é o caso da etapa alimentação e ainda há a luta para que o auxílio saúde se torne uma verba fixa, mas diz que o que realmente vale para o servidor, inclusive quando ele se aposenta é a reposição salarial.
“O servidor em saúde adoeceu, se expôs, não fez home-office, teve os seus direitos de férias, licenças e afastamentos tolhidos, suas poucas vantagens como auxílio transporte, urgência e emergência e insalubridade retirados e na hora de ter um reconhecimento, não tem. Então, hoje o sentimento dentro do setor saúde e dentro do íntimo de cada servidor é de decepção e revolta”, concluiu.