O Instituto de Defesa Agropecuária e Florestal (IDAF/AC) confirmou nesta quinta-feira (24) que o Acre registrou o primeiro caso de mormo no estado.
O mormo é uma doença infectocontagiosa dos equídeos (muares, asininos, equinos), causada pela bactéria Burkholderia mallei, que pode ser transmitida ao homem e eventualmente a outros animais.
O foco foi detectado em uma propriedade localizada no município de Sena Madureira, que em atenção ao que preconiza a Instrução Normativa n°6, de 16 de janeiro de 2018 do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), foi interditada pelo órgão de defesa.
De acordo com o IDAF, todas as propriedades com foco (onde há animais com exame positivo), bem como as consideradas vínculo epidemiológico (propriedades que possuem animais que tiveram contato com animais positivos), devem ser interditadas e realizado o saneamento do rebanho.
Por vínculo epidemiológico, um evento que estava previsto para acontecer em Rio Branco, a “Horse Week – 2° Edição”, no rancho Porta do Céu, precisou ser adiado até que todos os animais presentes no local sejam testados e liberados pelo Serviço Veterinário Oficial – SVO, garantindo assim a sanidade das pessoas e dos animais envolvidos no evento.
O mormo, ou lamparão, é uma das doenças que mais atinge os equídeos. A doença foi marcada como extinta no Brasil até que estudos sorológicos, realizados em alguns animais, identificaram a sua presença em alguns estados do Nordeste.
Equipes do IDAF e do MAPA estão em Sena Madureira trabalhando para que o foco não se dissemine. Em comunicado, o órgão estadual reforçou “a histórica parceria que tem com os produtores rurais do Acre e o compromisso com a Defesa Sanitária Agropecuária”.