História do Mapinguari que se passa no Acre vira livro didático nacional

O livro Mapinguari, que traz para o mundo dos quadrinhos a realidade das comunidades seringueiras da Amazônia, foi aprovado e vai compor a lista do Programa Nacional do Livro e do Material Didático (PNLD) que atende escolas públicas de todo o país. A publicação criada por André Miranda e Gabriel Góes foi coeditada pela FTD Educação e pelo WWF-Brasil.

O enredo do graphic novel se passa no Seringal Santo Antônio, no interior do Acre, onde os seringueiros são assediados por negociantes de terras da empresa onde o protagonista José trabalha, na capital Rio Branco.

Segundo a análise realizada por avaliadores do MEC (Ministério da Educação), Mapinguari tem “potencial para ampliar o repertório linguístico e cultural dos estudantes de ensino médio”, promovendo “o pluralismo de ideias e a leitura crítica de mundo”.

O PNLD é um programa do governo federal que disponibiliza obras didáticas, pedagógicas e literárias para escolas públicas de forma gratuita. Ao ser aprovado, Mapinguari entra para o catálogo de materiais disponíveis para as equipes pedagógicas das unidades de ensino inscritas no programa.

“A aprovação da Mapinguari pelo PNLD é um passo muito importante para a obra chegar à comunidade escolar. Por meio da obra, professores, estudantes e suas famílias conhecerão o modo de vida e os desafios enfrentados pelos povos da floresta. A convivência possível e necessária entre as atividades econômicas e a conservação da natureza são lições que nós, enquanto sociedade, precisamos reaprender com urgência”, afirma a diretora de Engajamento do WWF-Brasil, Gabriela Yamaguchi.

Aventura amazônica

José tem um dilema e tanto: o emprego que abraçou como projeto de vida ameaça a comunidade onde vive a sua família, no interior do Acre. Este é o mote de Mapinguari, HQ criada por André Miranda e ilustrada Gabriel Góes.

Ao retornar ao seu povoado natal, depois de anos longe de casa, José descobre a história de sua família e os valores locais – o folclore, o movimento seringalista, a cultura indígena e as riquezas da floresta amazônica. Numa narrativa conduzida sobre a fina linha que separa realidade, mito e sonho, o ser lendário Mapinguari simboliza os mistérios inapreensíveis pela marcha do progresso que incendeia a mata. (WWF)

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