Acre tem a maior queda no número de mortes violentas em 2021

Os dados mais recentes do Monitor da Violência, índice nacional de homicídios criado pelo jornalismo do grupo Globo, com base em dados oficiais dos 26 estados e do Distrito Federal aponta que o Acre foi o estado com a maior queda no número de mortes violentas em todo o país, comparando 2020 e 2021.

Os números divulgados nesta segunda-feira (21) indicam que o estado fechou 2020 com o registro de 292 mortes violentas – que incluem homicídio doloso, latrocínio e lesão corporal. Já em 2021, este número caiu para 181, ou seja, houve uma queda de 38%.

De acordo com dados da Secretaria de Estado de Segurança Pública do Acre (Sejusp), de 2021 para 2022 os homicídios dolosos caíram de 278 para 171 (-38,5%); os latrocínios diminuíram de 12 para 7 (-41,7%); os crimes de lesão corporal aumentaram de 2 para 3 (50%); e os crimes violentos tiveram redução de 292 para 181 (-38%).

De acordo com o levantamento, as autoridades atribuem essa queda a alguns fatores principais: a integração das forças de segurança do estado (força-tarefa), a intensificação de operações, a retomada dos presídios, a descapitalização dos grupos criminosos e a estabilização de territórios das facções criminosas.

Essas ações se somam a medidas já tomadas desde 2015, quando o poder público assumiu de forma oficial que o estado estava lidando com organizações criminosas, mas deixou uma lacuna de três anos para que esses grupos ganhassem força, permitindo a criação de uma facção no estado, que surgiu dentro dos presídios.

A intensificação da guerra de facções criminosas com um racha entre o Comando Vermelho (CV) e o Primeiro Comando da Capital (PCC), em meados de 2016, criou um ambiente de tensão nos presídios e promoveu confrontos em diversos estados.

A Segurança Pública do Acre passou então a traçar estratégias como a criação da Delegacia Especializada em Homicídios e Proteção de Pessoas (DHPP), em 2016, e a implantação do Regime Disciplinar Diferenciado, o RDD, em 2017, para retomar o poder dentro dos presídios.

Passado esse período mais crítico, agora, as autoridades focam na integração das forças e nos incentivos aos núcleos de inteligência nas diversas polícias.

Aliado a isso, há o reforço do Grupo de Atuação Especial no Combate ao Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público (MP-AC), que passou a criar um forte trabalho de tabulação de dados nos últimos cinco anos para estudar medidas e antecipar ações.

Com informações do g1 Acre.

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