O secretário-adjunto de educação, Moisés Diniz, usou as redes sociais para sair em defesa da gestão do governador Gladson Cameli (Progressistas), que é alvo nesta quinta-feira, 16, da Operação Ptolomeu da Polícia Federal que cumpriu mandados de busca e apreensão nas casas, apartamentos e escritórios do governador nas cidades de Rio Branco e Cruzeiro do Sul.
De acordo com Diniz, é necessária cautela por parte de opositores e militantes para não fazer julgamento antes do término das investigações. Além disso, o secretário-adjunto lembrou o escândalo do G7, que teve início ainda em 2012, culminando com a operação policial em maio de 2013, que cumpriu vários mandados de condução coercitiva, prisões, buscas e apreensões domiciliares, que para ele, houve vários julgamentos antecipados e ao final, todos foram absorvidos. “Sabe o que aconteceu? Um ficou inutilizado e o outro [ Carlos Takashi Sasai] morreu de aneurisma cerebral, alguns anos depois se provou que não existia Operação G7 e o Sassá já estava morto debaixo de sete palmo de terra e não teve mais como fazer justiça”, comentou.
Moisés aproveitou para defender o governador Gladson Cameli e dizer que confia em sua inocência. “As investigações apenas começaram, não há ninguém condenado e eu quero publicamente, colocar minha solidariedade e confiança no governador Gladson Cameli e na sua idoneidade e quando encerrar as investigações eu me posicionarei”.
Ao fim de seu vídeo, Diniz se manifestou contrário à realização de um ato público em favor do governo Gladson Cameli. “Sou contra, como a Frente Popular fez, acho que tem que esperar a decisão da justiça porque muitas vezes a Polícia Federal age e depois é provado que não havia os crimes que ela estava investigando”, ressaltou.
A ação da PF teve como alvos o secretário da Indústria, Anderson Lima, o chefe de gabinete militar, Amarildo Martins, e a chefe de gabinete do governador, Rosângela Gama. Esses três deverão ser afastados do cargo, conforme decisão da Ministra Nancy Andrighi, do Superior Tribunal de Justiça (STJ). A investigação tramita no âmbito do Superior Tribunal de Justiça (STJ), que identificou, no decorrer do processo, um grupo criminoso, controlado por empresários e agentes políticos ligados ao Poder Executivo estadual acreano, que atuavam no desvio de recursos públicos, bem como na realização de atos de ocultação da origem e destino dos valores subtraídos.
A operação não se estendeu apenas a Rio Branco e Cruzeiro do Sul. Em Manaus, na capital do Amazonas, a residência do pai do governador, o empresário Eládio Cameli, também foi alvo de busca e apreensão. Outros empresários também foram alvos da operação: Rudilei Souza e Acrinaldo Ferreira Pontes. Dinheiro em contas bancarias e veículos em nome dos envolvidos foram apreendidos.