Nos próximos cinco meses, todas as capitais da Amazônia Legal vão contar com sistema de logística reversa para lixo eletroeletrônico. A meta foi anunciada pela Secretaria de Qualidade Ambiental do Ministério do Meio Ambiente na Conferência entre as Partes, a COP-26.
A ação vai contribuir para acabar com o descarte de aparelhos inutilizáveis, como fogão, TV, celular e ventilador, em rios e lixões, oferecendo espaços específicos para recebimento e destinação dos materiais. A ideia é, além de preservar o meio ambiente, incentivar a chamada economia circular.
“[O produto] volta para o setor produtivo, gerando emprego e renda com sustentabilidade, ao mesmo tempo que isso preserva os recursos naturais, evita a poluição ambiental, reduz o consumo de energia e emissão de gases de efeito estufa. É a economia circular avançando no Brasil”, destacou o secretário.
O projeto será implantado em Manaus, Rio Branco, Macapá, Belém, Porto Velho, Boa Vista, Palmas, Cuiabá e São Luís. A Amazônia Legal é formada por mais de 700 municípios de nove estados com características ambientais semelhantes e tem o objetivo de estimular o desenvolvimento socioeconômico da região.
O Governo Federal normatizou o sistema de logística reversa, em 2020, no âmbito do programa Lixão Zero. O decreto prevê que fabricantes, importadores, distribuidores e comerciantes mantenham toda a logística do sistema de coleta dos materiais em parceria com estados, municípios e associações de recicláveis. A previsão é que 400 cidades brasileiras contem com o serviço até 2025.
Além de centrais de logística reversa que recebem e dão a destinação correta de materiais eletroeletrônicos — que incluem eletrodomésticos — o Ministério do Meio Ambiente criou, desde 2019, três sistemas desse tipo, incluindo um exclusivo para baterias automotivas de chumbo ácido.
Ainda foram instituídos sistemas para medicamentos vencidos, e aprimorados sistemas de óleo lubrificante e latas de alumínio. Este último bateu recorde com mais de 31 bilhões de latas recicladas no Brasil em 2020.