Publicação da Embrapa reúne orientações para o cultivo de maracujá no Acre

Na publicação “Cultura do Maracujazeiro no Estado do Acre”, lançada pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa-Acre), são disponibilizadas orientações de como implantar e conduzir os pomares, técnicas adequadas de manejo dos plantios, produção de mudas de qualidade e cuidados na colheita e pós-colheita, dentre outros conhecimentos gerados pela pesquisa.

Disponível em versão digital, a obra visa auxiliar produtores rurais, técnicos extensionistas, professores, estudantes, pesquisadores e outros públicos interessados no cultivo de maracujá. Além de informações técnicas, os conteúdos também orientam sobre a adoção de tecnologias para potencializar a produção de maracujá.

De acordo com o pesquisador da Embrapa-Acre, Romeu de Andrade Neto, um dos editores técnicos da publicação, esse conjunto de conhecimentos tecnológicos, que envolve desde a escolha da área e preparo do solo para o cultivo até as fases de pós-colheita e comercialização dos frutos, consolida o Sistema de Produção do Maracujá, fundamental para o desenvolvimento da cultura no estado.

“Bem utilizada, essa ferramenta pode contribuir para o aumento da produção e sucesso da cultura. É possível produzir maracujá com qualidade e rentabilidade, mas é necessário seguir as recomendações técnicas para implantação e manejo dos cultivos. Práticas como escolha do local apropriado, adoção de espaçamentos adequados, correção da acidez (calagem) e adubação do solo, irrigação, podas periódicas, polinização artificial e controle de pragas ajudam a obter alta produtividade nos plantios”, afirma o pesquisador.

Potencial para a cultura

O maracujazeiro ainda é pouco cultivado no Acre, com uma área plantada de 139 hectares, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia Estatística (IBGE). Dados do órgão também indicam que a cultura está em franca expansão, com um crescimento de 60% na área cultivada nos últimos cinco anos. O Sistema de Produção traz informações sobre o zoneamento pedoclimático (clima e solo) para a cultura do maracujazeiro em áreas desmatadas, nos 22 municípios acreanos, com indicação das localidades mais aptas para cultivo.

O pesquisador da Embrapa, Eufran Amaral, coordenador desses estudos, explica que a cultura foi avaliada em três níveis de manejo (com baixa, média e alta adoção de tecnologias), a partir das exigências de solo e clima do maracujazeiro. As avaliações do solo consideraram características morfológicas como aparência e drenagem, e aspectos físicos e químicos. Do ponto de vista climático, foram avaliados fatores como temperatura média anual, precipitação anual e estiagem. O cruzamento dos resultados gerou diferentes níveis de aptidão para a cultura.

“Identificamos zonas com clima e solos preferenciais para cultivo e zonas com clima preferencial e solos recomendados para o cultivo, além de áreas onde os solos são preferenciais ou recomendados, porém o clima não é propício, ou que apresentam clima preferencial, mas os solos são pouco recomendados. Essas informações confirmam o potencial do estado para a cultura e são importantes para orientar o produtor rural quanto aos investimentos. Saber onde plantar ajuda a planejar a atividade e evita prejuízos”, afirma.

Com informações divulgadas no Portal da Embrapa. Nesse link, é possível obter mais informações e baixar o arquivo em PDF da publicação, que tem o seu registro completo nesta outra página.

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