Após a detecção de um possível foco da praga quarentenária Moniliophthora roreri (Monilíase do Cacaueiro) no município de Cruzeiro do Sul, o governo do estado resolveu se mexer.
Na edição desta sexta-feira, 13, do Diário Oficial do Acre, foi publicada o decreto de instalação de um Gabinete de Crise com a função de monitorar, mobilizar e coordenar as atividades dos órgãos públicos estaduais para adoção das medidas necessárias ao enfrentamento e minimização dos agravos provocados pela praga.
Na semana passada, o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) declarou estado de emergência fitossanitária para a praga nos estados do Acre, Amazonas e Rondônia. A declaração visa reforçar as medidas de prevenção e evitar a dispersão da praga para as áreas de cultivo de cacau e cupuaçu. O estado de emergência será de um ano.
O Gabinete de Crise do governo acreano será composto pelo Instituto de Defesa Agropecuária e Florestal – IDAF, Secretaria de Estado da Casa Civil – SECC, Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural – EMATER, Secretaria de Estado do Meio Ambiente e das Políticas Indígenas – SEMAPI, Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública – SEJUSP, Secretaria de Estado de Produção e Agronegócio – SEPA, Polícia Militar do Estado do Acre – PMAC e Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Acre – CBMAC.
O decreto diz ainda que o Gabinete de Crise poderá solicitar a disposição de servidores públicos da Administração Direta e Indireta do Estado do Acre com formação acadêmica, expertise ou conhecimento técnico relacionado ao âmbito de sua atuação.
A monilíase, causada pelo fungo Moniliophthora roreri, é uma das mais sérias doenças do cacaueiro, que também afeta o cupuaçu, infectando os frutos em qualquer fase de desenvolvimento e, em condições favoráveis, pode causar perdas de até 100% da produção.