Consumo de leite e sorvete cresceu no Acre na pandemia

O portal MilkPoint compilou uma curiosa e sugestiva pesquisa realizada Embrapa Gado de Leite/Centro de Inteligência do Leite sobre o comportamento do consumidor brasileiro de leite e derivados durante a pandemia do novo coronavírus.

Realizada entre os dias 23 de abril e 3 de maio, pesquisa ocorreu por meio das redes sociais e foi publicada no dia 18 de junho.

No Acre, o consumo de leite pasteurizado aumentou levemente mas o de sorvete cresceu muito ou se manteve igual ao período anterior à pandemia. Pouca gente respondeu que diminuiu o consumo nesta época de quarentena.

Participaram da pesquisa 5.105 consumidores distribuídos em todo o território brasileiro que responderam sobre o consumo de 13 produtos lácteos.

Neste estudo foi considerado o consumo domiciliar, ou seja, os produtos adquiridos pelo consumidor no autosserviço (supermercados, padarias, mercearias, etc) para consumo na sua residência. Com isso, a pesquisa não considerou a alimentação fora do lar (bares, restaurantes, hotéis), categoria que apresentou as maiores quedas de consumo durante a quarentena.

A pesquisa mostrou que a grande maioria dos consumidores que participaram da pesquisa mantiveram seus hábitos de consumo durante a pandemia, consumindo a mesma quantidade de produto que consumiam anteriormente. Ao contrário do ocorrido com a maioria dos derivados do leite, para dois derivados do leite ligados à indulgência (sorvete e doce de leite), houve uma porcentagem maior de consumidores que afirmou ter diminuído o consumo domiciliar desse produto.

O sorvete, por ser alimento sazonal, geralmente tem seu consumo reduzido nesta época do ano no Brasil.

De acordo com o MilkPoint, apesar dessa pesquisa ter sido realizada com o intuito de medir o comportamento do consumo de lácteos nas residências brasileiras apenas no período de isolamento social da população, ela forneceu importantes informações e insights sobre este mercado.

As informações referentes à renda, por exemplo, são muito importantes para os produtos mais populares, dirigidos para as classes de renda mais baixa e que, geralmente usam a estratégia de diferenciação de preço, pois os resultados indicam que estes podem ter maior retração na demanda.

De acordo com a Embrapa Gado e Leite, ntre os participantes da pesquisa, 4,8% possuem renda domiciliar de até um salário mínimo (SM), 34,7% de dois a cinco SM, 25,8% de seis a dez SM e 34,8% acima de dez salários mínimos.

Com relação ao responsável pela compra de produtos antes e durante a pandemia, houve redução mais significativa no número de mulheres e homens acima de 55 anos. Por outro lado, o aumento mais significativo ocorreu para os homens na faixa etária de 25 a 40 anos, o que pode induzir a uma opção por diferentes produtos lácteos, embora a amostra analisada indica que 55% das compras ainda são feitas pelas mulheres.

Outros dados podem ser acessados aqui: https://www.milkpoint.com.br/colunas/kennya-siqueira/caracteristicas-do-consumo-de-lacteos-durante-a-pandemia-220206/

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