Indicação de Ana Amélia para vice de Alckmin consolida união entre PP e PSDB no Acre

O anúncio do nome da senadora Ana Amélia (PP-RS) como vice na chapa do presidenciável Geraldo Alckmin (PSDB) consolida o casamento entre progressistas e tucanos no Acre. Ao contrário do plano nacional, no estado o PP estará na cabeça de chapa, com o PSDB como vice.

A união entre as duas legendas será sacramentada na convenção deste sábado (4), que oficializa as candidaturas de Gladson Cameli (PP) e Wherles Rocha (PSDB) ao Palácio Rio Branco.

Membro da Frente Popular até 2011, o PP se aliou à oposição aos governos petistas já na disputa municipal de 2012. Naquele ano, o PSDB se apresentava como a principal força de oposição. O partido era o franco favorito para vencer a Prefeitura de Rio Branco com o então tucano Tião Bocalom.

Apesar de novato, o PP conseguiu logo de cara indicar o vice da chapa, rifando medalhões como o MDB. A força do partido com bom tempo de TV e recursos contribuiu para essa vantagem, consolidada pelo poder financeiro da família Cameli.

Essa junção, porém, não foi suficiente para deter a máquina petista no governo e na prefeitura, que virou o jogo e venceu com o então neófito Marcus Alexandre Viana.

Em 2014, tucanos e progressistas voltam a se unir. Dessa vez o PP vai para a disputa majoritária apenas para o Senado, com Gladson Cameli, vitorioso nas urnas. Mais uma vez os tucanos amargaram derrota, agora com Márcio Bittar.

Desde então o PSDB perdeu vitalidade, com Gladson Cameli saindo das urnas quatro anos atrás já consolidado como candidato ao Palácio Rio Branco. A eleição de 2016 foi a pá de cal do PSDB; o partido perdeu a maioria das prefeituras do interior.

Bittar debandou do ninho tucano após intensas trocas de farpas com o deputado Wherles Rocha, hoje a principal e única figura da sigla.

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