Internautas fazem campanha para o não compartilhamento de informações de operação policial

A violência que se alastra no Acre fez com que internautas iniciassem campanha nas redes sociais para impedir compartilhamento de informações sobre locais onde ocorrem operações policiais.

Na madrugada desta quarta-feira (17), pelo menos dez locais foram alvos de ataques criminosos. A ação, segundo a polícia, é em represália à morte de um assaltante durante troca de tiros com policiais após um assalto no bairro Vila Acre, em Rio Branco, na tarde de terça-feira (16).

Para impedir novos ataques na noite de hoje, equipes da Segurança Pública iniciaram forte operação em todo o Estado. A operação conta com as polícias Militar e Civil, Corpo de Bombeiros, Detran e Polícia Federal.

Nas redes sociais, os internautas pedem que dados sobre os locais das operações não sejam compartilhados nas próximas 48 horas em grupos de WhatsApp e nem em outros aplicativos para dificultar o acesso às informações às pessoas ligadas à criminalidade.

A orientação dos internautas é para que as pessoas portem documentos de identificação ao sair de suas residências; que em caso suspeito de pessoas comprando combustíveis em corotes, garrafas plásticas ou qualquer recipiente que a polícia seja acionada.

O compartilhamento de notícias sobre blitz Álcool Zero e outras operações policias nas redes deve ser retomado às 19 horas de sexta-feira (19), segundo decisão de administradores dos grupos.

Operação

A cúpula da Segurança Pública do Acre acionou o seu Gabinete de Crise com o objetivo de promover operações policiais ininterruptas pelas próximas 48 horas para combater o crime na capital e interior do Acre. O Gabinete de Crise, criado no ano passado, normatiza os procedimentos do Estado em momentos emergenciais.

Ataques

Foram registrados, em média, dez ataques na capital. Um deles foi a tentativa de incêndio à casa de um policial militar e tiros foram disparados em frente a casa  de um agente penitenciário, no bairro Calafate.

Os outros casos foram ataques aos órgãos públicos.  Parte do Parque Capitão Ciríaco foi incendiada. O fogo destruiu todo o Departamento de Patrimônio Histórico de Rio Branco. Quatro homens renderam o vigia, espalharam documentos no chão, jogaram gasolina e atearam fogo. Os meliantes estavam encapuzados e agiram por volta das 1h30.

Também foram registrados princípio de incêndio no pátio da 5ª Regional de Polícia, ao box da PM do bairro Tancredo Neves, e ao prédio da Polícia Técnica, além da tentativa de incêndio no Clube de Bombeiros.

No interior do Estado a polícia também registrou tentativas de incêndios em Sena Madureira, no mercado municipal e contra a moto de um morador da cidade.

 

 

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