Sindicato dos Vigilantes vai denunciar Supermercados Araújo na Justiça por coagir trabalhadores; Adem nega

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Adem Araújo, sócio proprietário da rede de supermercados, nega manobra

Pelo menos 100 trabalhadores que prestam serviços de segurança nos Supermercados Araújo se desligaram do Sindicato dos Vigilantes do Acre a pedido da empresa, denunciou nesta sexta-feira, 04, o presidente do sindicato da categoria, Nonato Santos. O sindicalista informou que vai denunciar a rede de supermercados na Justiça pelo que ele considera “coação.” Segundo Nonato Santos, a empresa estaria tentando evitar desconfortos com o sindicato, que vem reivindicando garantias trabalhistas aos vigilantes.

O representante dos vigilantes promete colocar 300 vigilantes durante uma manifestação na porta da loja do Araújo da Isaura Parente na próxima quarta-feira em protesto contra a empresa.

“Nós vamos acionar na Justiça e fazer um protesto conscientizando sobre a escravidão dos trabalhadores dos Supermercados Araújo. Eles não reconhecem o Sindicato dos Vigilantes como um sindicato de luta em defesa dos trabalhadores. Eles fizeram uma reunião coagindo os trabalhadores a se desfilarem. E os trabalhadores têm medo de saírem do sindicato e não haver cumprimento com as leis, com a nossa convenção coletiva.”

O sócio-proprietário da rede Araújo, Adem Araújo, disse que a revolta do sindicato é ocasionada pela queda da receita da entidade. Ainda segundo Adem, os trabalhadores da empresa são representados pelo Sindicato do Comércio. Ele negou que esteja obrigando os vigilantes a se desligarem do sindicato da classe.

“Esse cara tá perdendo a receita e está desesperado. A gente ainda recolhe a parte deles lá tudo direitinho. Quem quiser ficar lá, fica. Nós não vamos obrigar ninguém a nada. Nós não vamos direcionar os nossos funcionários para eles, que é o que eles querem. Eu não tenho relação nenhuma com esse cidadão, eu não o conheço. Deixamos em liberdade todos os funcionários.”

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