A greve dos servidores técnicos e docentes da universidade Federal do Acre (UFAC) não tem data para acabar. Os rumores de que o movimento se daria por encerrado na próxima semana caíram por terra no início da semana. Os trabalhadores rejeitaram a proposta do governo federal e devem manter a greve por tempo indeterminado.
De acordo com a Associação dos Docentes da instituição, a Assembleia Geral realizada na última terça-feira, 18, foi estratégica para a decisão de manter o movimento. Em nível nacional, o intuito dos sindicalistas é, agora, de que o ministro da Educação, Renato Ribeiro, receba a categoria e negocie olho no olho. Isso, segundo os líderes do movimento, não tem ocorrido.
De acordo com Aloisio Porto, do Comando de Greve da Andes, entidade nacional que representa os trabalhadores, o atual plano não permite um crescimento satisfatório do professor ao longo da carreira. “Hoje para chegar no teto da carreira ele levaria quase 30 anos”.
De acordo com o dirigente sindical, foram feitas mais de dez reuniões com o Ministério do Planejamento para revisão dos planos, mas não houve avanço na negociação. Assembleias marcadas para amanhã e para o início da próxima semana devem confirmar a adesão de professores de outras instituições à paralisação, segundo Porto.
O Ministério da Educação (MEC) informou, por meio de nota, que “reafirma sua confiança no diálogo e no zelo pelo regime de normalidade das atividades dos campus universitários federais”. O governo ressalta que o aumento de 4% negociado no ano passado com os sindicatos já está garantido por medida provisória assinada no dia 11 de maio. O aumento será retroativo a março, conforme previsto no acordo firmado com as entidades.