A recém nascida encontrada em uma privada no ultimo domingo (28), no bairro Aeroporto Velho em Cruzeiro do Sul (AC), deve ser encaminhada para o abrigo infantil do município após um pedido realizado pelo Ministério Público do Acre (MP-AC). A mãe da criança, Léia Nonata, é suspeita de ter jogado a criança no local após o parto.
O caso chegou oficialmente ao conhecimento do Ministério Público essa semana, através da Maternidade. De acordo com o promotor da infância e da juventude, Alekine Lopes, o órgão recebeu a informação de que a criança foi encontrada dentro de uma fossa séptica e que já tinha saído da UTI, encontrava-se no espaço ‘Mãe Canguru’, e já estava sendo amamentada pela mãe.
“Chegando ao nosso conhecimento essa situação gravíssima, que consta que a própria mãe teria jogado a criança dentro da fossa séptica, nós entramos com a medida de proteção, que é uma ação judicial, para garantir os direitos e segurança da criança, e nesta ação pedimos para tirar a criança do convívio da mãe e leva-la ao abrigo para dar a ela um local seguro”, explicou o promotor.
De acordo com Alekine Lopes, o Ministério Publico entendeu que não era seguro manter a criança próximo da mãe.
“A partir do momento que a mãe teve coragem de jogar a própria filha dentro da fossa séptica não existe mais a segurança de deixa-la junto com ela. Será levada ao abrigo, é o pedido que foi feito a juíza, e uma vez no abrigo, nós realizaremos estudo para saber se algum parente tem condições de ficar com ela”, falou.
Lopes explicou que o Ministério Publico deve realizar um estudo posterior sobre as condições da mãe, para saber se depois de em algum tempo a genitora terá condições de criar a criança.
“Para isso é necessário ter uma certeza absoluta de que ela não está com as mesmas condições de quando jogou a filha dentro da fossa, pois sabemos que existe uma depressão que acontece pós parto, que é sujeito a mãe fazer algo com o próprio filho”, relatou.
O Ministério Público recomendou que enquanto a mãe e a filha estiverem na maternidade devem ser acompanhadas por assistentes sociais, não podendo ficar sozinhas. Paralelo ao pedido De encaminhamento da criança ao abrigo o Ministério Público também deve encaminhar o caso para ser investigado criminalmente.
“O caso foi encaminhado a promotoria criminal para que façam uma investigação quanto ao caráter criminal da conduta da mãe”, enfatizou o promotor. As informações são do Juruá Online.