Servidores da Justiça do Trabalho do Acre entram em greve após nove anos sem reajustes de salários

Os servidores da Justiça do Trabalho aderem, nesta segunda-feira (22), à greve nacional da categoria por reajuste salarial, somando-se aos seus colegas da Justiça Eleitoral e Federal. Segundo os manifestantes, o movimento busca a reposição de perdas salariais dos últimos nove anos, quando tiveram 15,8% de reajuste, contra um índice acumulado de inflação de quase 70%. A reivindicação é pela aprovação do plano de cargos e salários que prevê reajuste de 49% parcelado em 3 anos, o que recompõe uma parte das perdas salariais categoria, e também pela regulamentação de uma data-base. 

Com a adesão dos servidores do Acre, a greve nacional dos servidores do judiciário federal – a mais expressiva da história, e que já paralisa 80% dos tribunais superiores em  Brasília – alcança 25 estados da Federação, exceptuado apenas Tocantis, em que os servidores do judiciário se somarão ao movimento na terça-feira (23).

De acordo com o Sindicato dos Servidores do Judiciário Federal em Rondônia e Justiça do Trabalho no Acre, SINDIJUFE-RO/AC, os grevistas manterão apenas 30% do efetivo dos servidores trabalhando para o atendimento de causas urgentes, em que haja risco de perecimento de direitos fundamentais, evitando, assim, prejuízos a população.

O projeto de lei que garante o reajuste deveria ter sido aprovado pelo plenário do Senado no dia 10 de junho, após ter passado em tramitação terminativa pelas comissões da Câmara e do Senado, mas teve a votação adiada para 30.06.15, às vésperas do recesso parlamentar, a pedido do  ministro do Planejamento, Orçamento e Gestão, Nelson Barbosa, que quer viabilizar, como parte da política de ajuste fiscal, um reajuste geral 9% para os três poderes da União, em duas parcelas de 4,5%, a serem implementadas em julho de 2016 e julho de 2017. De acordo com o mercado, a previsão é o que a inflação medida pelo IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) em 2015 alcance 8,79%.

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