Ouvi muita coisa das minhas fontes sobre a reunião no final de semana do senador Sérgio Petecão (PSD) com o candidato derrotado ao governo, Márcio Bittar (PSDB). Há um ano e meio os dois se detestavam, agora, querem se unir para tomar o poder no Acre. Claro que as conversas dos dois giraram em torno de eleições. Uma fonte revelou que Bittar já se colocou como uma espécie de reserva do senador Gladson Cameli (PP). Ou seja, se Gladson não for candidato ao Governo em 2018, Bittar vai tentar encarar mais uma vez. Outra possibilidade que surgiu é de Bittar e Petecão se unirem para viabilizarem uma possível candidatura de Marfisa Galvão (PSD) à prefeitura de Rio Branco, em 2016.
A mesma estratégia de sempre
Conversando com a juventude de alguns partidos de oposição, Petecão pediu combatividade. Quer que cresça a onda de denúncias contra a atual gestão da Capital para criar um cenário favorável às próximas eleições.
Ou muda ou perde de novo
Esse caminho de criticar e bater não tem surtido bons resultados eleitorais no Acre. É só analisar o resultados dos mais recentes pleitos. As pessoas querem mudança com segurança e, isso, só acontecerá se surgirem propostas viáveis.
Entraves pelo caminho
Petecão não terá o PSDB a sua disposição para tentar a reeleição. O novo presidente do partido será o deputado federal Major Rocha (PSDB) que não morre de amores pelo senador. Articular com “rei posto” pode ser inócuo.
Diferenças notáveis
Petecão ganhou várias eleições seguidas para deputado estadual. Depois se elegeu na sequência para federal e senador. Por outro lado, Bittar foi derrotado duas vezes para o Governo e uma para prefeitura da Capital. Se elegeu para federal, mas não fez um mandato muito popular.
Disputa ao executivo é mais complicada
Tanto Petecão quanto Bittar se deram bem em disputas proporcionais. Mas quando tentaram o executivo não se deram bem. Petecão perdeu duas vezes como candidato a prefeito de Rio Branco. As únicas derrotas da sua carreira.
As divergências naturais da oposição
Esse papo de que a oposição precisa se unir é balela. Existem diferenças essenciais entre os partidos que estão fora do poder. E, por outro lado, não há os cargos de confiança para acalmar as divergências. Cada um que crie uma nova história porque essa antiga todo mundo já conhece o final.
Mudanças à vista
Ouço falar em vários nomes novos na oposição. Esse é o único caminho que pode reverter o resultado eleitoral no Acre. Cada um que se firme dentro do próprio partido e crie propostas. Esperar por uma união da água com o óleo não vai dar em nada.
A frágil “união” da FPA
Quem manda na FPA é o PT. Os aliados são mantidos a base de “vantagens” naturais de quem está no poder. Como a oposição não pode oferecer essas “vantagens” a união fica muito difícil. Quem romper esse paradigma pode se dar bem.
Fiéis a Cristo
Tenho conversado com alguns evangélicos que repudiam essa politização excessiva das religiões. Alguém achar que pode manipular os votos dos fiéis é bobagem. A questão religiosa de cada um não é a mesma que a política.
A verdade não se esconde
Acho uma esperteza sem fim alguém se tornar pastor de uma denominação evangélica para entrar na política. Infelizmente a mesma coisa acontece nos sindicatos. Os propósitos de um religioso, de um sindicalista e de um político são diferentes, mas nesse mundo de ilusão ninguém quer perder o bonde.
Com Jesus na cola
Segundo me informaram, o deputado Jesus Sérgio (PDT) anda colado ao deputado Dr. Jenilson (PC do B). Os dois têm base em Tarauacá. Dizem que quando o comunista apresenta uma proposta Jesus corre para antecipar o resultado e, evidentemente, colher os louros.
Candidato forte
Depois que conversei com o advogado Júnior Feitoza (PSB) quis saber se tem realmente chance de emplacar uma candidatura a prefeito de Tarauacá. Tanto pessoas ligadas à FPA quanto da oposição confirmaram a liderança do jovem jurista.
Fortalecendo o reduto
O vice-prefeito de Capixaba, Romulo Barros, deixou o PT para se filiar ao PP. Segundo informações será o senador Gladson Cameli que irá abonar a ficha do rapaz. Um movimento já pensando na sucessão do atual prefeito Vareda (PC do B).
Marina estava certa
Observando a política brasileira sou obrigado a concordar com a ex-senadora Marina Silva (Rede). PT e PSDB têm propósitos políticos muito parecidos. Quem não concordar é só ver as Medidas Provisórias que foram aprovadas recentemente pela Câmara Federal que tiram direitos de trabalhadores.
Errei feio
Escrevi recentemente que a aprovação da MP que aumenta o tempo de serviço para os trabalhadores pedirem o seguro desemprego beneficia os empresários. Nada disso. Na realidade os empresários não ganham nada com isso porque quem paga o seguro desemprego é o Governo.
Dois anos sem Orleir
Eu não morava no Acre quando Orleir Cameli foi prefeito de Cruzeiro do Sul e governador do Estado. O conheci como empresário. Mas que adorava conversar sobre política que nunca deixou de ser a sua paixão. Orleir me confidenciou que o seu maior erro como governador foi na escolha do secretariado. Ele confiou demais em quem não merecia confiança. Agora, o que me impressionava em Orleir é a popularidade que conseguiu manter mesmo estando longe do poder. Num primeiro momento achei que isso fosse só no Juruá, mas descobri que ele era querido em praticamente todos os recantos do Acre. Chegar em Cruzeiro do Sul e não ter mais a possibilidade de ir tomar um café com ele na Usina faz falta. O conhecimento e o carisma de Orleir eram inegáveis. Mas como a vida é assim mesmo só posso desejar caminhos abertos ao amigo na espiritualidade.