Posseiro desaparece depois de ter casa invadida por pistoleiros na zona rural do município de Bujari

Gleydison Meireles – da redação de ac24horas
ggreyck@gmail.com

Policiais militares do Batalhão de Operações Especiais (Bope) e policiais militares e civis do município do Bujari (distante 20 km de Rio Branco) estão mobilizados na tentativa de localizar o colono Francisco Cunha da Silva, desaparecido desde o último domingo (2) após ter sua casa invadida por pistoleiros.

O local, cerca de 45 quilômetros da cidade do Bujari, que estava em processo de desapropriação para a reforma agrária, pertence a Fazenda Canari, de propriedade do pecuarista Nivaldo Morais. Há três meses cerca de 120 famílias invadiram o local, mas foram expulsas da terra por ordem judicial de despejo.

As famílias expulsas acamparam as margens da BR-364 e prometeram invadir novamente as terras.

De acordo com o presidente do Movimento dos Direitos Humanos, Jocivan Santos, o clima na região é tenso, já que os invasores denunciam ações de pistoleiros que estariam sendo contratados por fazendeiros e madeireiros da localidade para evitar novas invasões.

No último domingo, quatro homens armados invadiram a casa do agricultor Francisco Cunha da Silva, que foi amarrado e levado pelo quarteto, a esposa de Francisco, Maria Madalena Santana viu quando o marido foi abordado pelos pistoleiros e fugiu antes de ser capturada.

Ainda no domingo, posseiros se mobilizaram e saíram em busca de Francisco Cunha, mas não o localizaram. O caso chegou ao conhecimento da polícia somente na segunda-feira, 24 horas após o desaparecimento, quando o caso foi registrado na Delegacia Geral do Município. Na manhã desta terça-feira (4) uma força tarefa foi montada na tentativa de localizar o agricultor desaparecido.

Jocivan Santos afirmou que depois do desaparecimento de Francisco Cunha os posseiros começaram a se armar para tentar barrar a ação dos pistoleiros.

“O clima está muito tenso e é preciso que se faça algo urgente para solucionar este problema, os posseiros estão com medo, pois denunciaram que existem na região pistoleiros contratados pelos fazendeiros e por conta disso também estão se armando, se algo não for feito com urgência  várias mortes podem acontecer na região”, destaca Santos.

Até o final da manhã desta terça-feira, Francisco Cunha ainda não havia sido encontrado.

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