André Hassem pede intervenção de autoridade federais para garantir integridade de presos brasileiros na Bolívia

O prefeito de Epiciolândia, André Hassem (PSDB) relatou nesta quinta-feira (21), que ficou estarrecido com a situação do presídio Villa Busch, na Bolívia. A unidade prisional boliviana é alvo de constantes denúncias de maus-tratos e foi cenário de uma rebelião que deixou um brasileiro morto e quatro feridos.

André Hassem visitou o presídio do Departamento de Pando, e comprovou que o local é totalmente insalubre. “O local afronta todos os parâmetros de direitos humanos e dignidade da vida. Os tratados internacionais são completamente ignorados e os presos vivem numa situação degradante”, diz o prefeito.

Segundo o prefeito, os detentos brasileiros foram agredidos pelos presos bolivianos com golpes de faca, barra de ferro e fios. Um preso está internado e corre risco de morte. Uma junta médica de Cobija pediu a realização de exames específicos, que só são realizados na cidade de Cochabamba.

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“O presídio é um local sem higiene, sem condições estruturais e completamente desaparelhado. Depois da rebelião os 13 presos brasileiros foram colocados em uma única cela. Existe um médico no local, mas a sala de atendimento não está completamente destruída pela ação do tempo”, diz André Hassem.

O prefeito informou que o teto da enfermaria onde os presos são atendidos tem várias goteiras, a maca estaria encharcada d’água, aparelhos enferrujados, além da falta de medicamentos. Na sala de atendimento odontológico nada funciona. Os funcionários afirmam que não existem recursos para melhorias.

“Precisamos verificar as condições para garantir a saúde e a integridade física desses brasileiros. Se for necessário vamos viabilizar os medicamentos e tratamentos”, destaca André Hassem, que pedirá intervenção de autoridades federais brasileiras para garantir a integridade dos brasileiros.

André Hassem destaca que o consulado brasileiro não tomou nenhuma providência para ajudar os presos brasileiros. “Pedimos que o Ministério das Relações Exteriores providenciasse as conversas necessárias para garantir a segurança dos brasileiros naquele país, já que o consulado nada faz”.

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