O glamour não morreu

Estou em Cruzeiro do Sul. Aqui, há um fato na campanha que difere da Capital.  Há comícios diários, inclusive, nos domingos, e lotam, dando glamour à disputa. Sem o tacão da justiça eleitoral, o candidato fala o que quer, cara a cara com o eleitor.  E com direito ao bêbado na platéia.

Sem pauterização

O comício mostra os candidatos sem a maquiagem dos estúdios, sem as falas programadas pelos marqueteiros e, sem a pasteurização do vídeo, permite ao eleitor uma melhor avaliação.

Como exigir

O nível dos candidatos a vereadores é sofrível. Raros se salvam. Mas em Rio Branco não é diferente, a maioria dos candidatos também é de tranqueiras . Mas, são bem divertidos.

Musa da campanha

No palanque do outrora evangélico radical Henrique Afonso (PV), hoje mais para riponga, e que, para pedir votos dança do axé ao pagode,  a atração principal é o travesti Valdete (PSDC).

Grande Cariri!

No palanque do Vagner Sales (PMDB), mais conservador, reencontro o velho Cairiri, de origem no velho MDB, disputando novo mandato de vereador (tem vários) e com chance de reeleição.

Matusalém, perde!

Para se ter uma idéia da logenvidade do Cariri, conta o Osmi Lima ter seu filho caçula 59 anos.

Opinião isenta

Costumo antes de emitir uma opinião ouvir os diversos lados da disputa. A dedução a que chego é que o prefeito Vagner Sales (PMDB) deve se reeleger, mas, qualquer outro perderia.

Pesa muito

Pesa muito numa campanha o fato de Vagner Sales ser um prefeito bem avaliado, estar com a máquina na mão e ser um político que conhece cada igarapé e cada viela de Cruzeiro do Sul.

Começou do zero

O fato negativo do Henrique Afonso (PV) é ter começado do zero, sempre fez uma campanha elitista, nos meios evangélicos, e pela primeira vez busca os votos dos grotões e dos igarapés.

Deu sorte

E deu sorte em pegar um vice jovem, antenado, que mesmo sendo candidato pela primeira vez, soma mais que tira votos, principalmente, na juventude, o Marcelo Siqueira (PT).

Diferença fundamental

Há uma diferença que reflete na campanha aqui em Cruzeiro do Sul. O candidato Henrique Afonso (PV) é evangélico messiânico, já Vagner Sales (PMDB) é mais pragmático, pé no chão.

Duas opiniões

Disparei ontem telefonemas para dois dirigentes, um da FPA e outro do PSDB. Suas opiniões retratam a confusão da campanha à PMRB: todos crendo que ganharão no primeiro turno.

Nem pensar

E todos eles dizendo ter pesquisas em mãos que confirmam a performance de seus candidatos. Por essa e por outras é que se recomenda cautela com as pesquisas na Capital.

Eleição equilibrada

Essa opinião é mais da observação, das conversas com populares, não tem nada de científica: Marcus Alexandre (PT) cresceu muito e fará uma disputa equilibrada com Tião Bocalon (PDB).

Não creio

Posso ser desmentido pelas urnas, mas, continuo não crendo em decisão de primeiro turno.

Favorito disparado

Em Porto Walter o favoritismo é disparado do candidato Zezinho Barbary (PMDB), só um grave acidente de percurso nesses últimos dias de campanha lhe tira a vitória.

Burrice congênita

A oposição sofre de burrice congênita. Essa briga em Porto Acre, entre os candidatos Carlinhos (PSDB) e Bené Damasceno (PMDB) favorece o prefeito Zé Maria (PT), que disputa a reeleição.

Tirou do buraco

O Zé Maria (PT) é um dos piores prefeitos da atual safra, não teria a menor chance se a oposição estivesse unida, mas dividida, ninguém se admire se ele faturar a reeleição. 

Boa descolada

Em Assis Brasil o candidato a prefeito do PSDB, Dr. Betinho, deu uma boa descolada da candidata Eliane Gadelha (PT), mas que não pode ser relevada por ter a máquina na mão.

Afunilado

No PSDC, o candidato a vereador Rodrigo Beirute, centrado em uma campanha de muita organização e estrutura, chega na reta final como favorito a uma das duas vagas do partido.

Sem favorito

No PT a disputa das duas vagas é sem favorito entre Marcelo Macedo, Gabriel Forneck, Irailton, Aline Braga, Ismael Muniz e Socorro Lima. A surpresa é o novato Marcelo Macedo.

Histórias do Juruá

O Juruá tem histórias cômicas. Uma delas, comandadas pelo Osmir Lima. Foi, talvez, o maior emprenhamento de urnas do Brasil. Osmir conseguiu que, na urna de Marechal Taumaturgo, com 460 votos desse o resultado: Nabor Junior ao governo 460 votos. Mario Maia Senado 460 votos. Osmir Federal 460 votos e Vagner Sales Estadual 460 votos. Duvidam? Está nos anais.

Por Luis Carlos Moreira Jorge, de Cruzeiro do Sul

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